Campeão peso-mosca, Alexandre Pantoja enfrenta o jovem desafiante Joshua Van no UFC 323

Buscando consolidar o seu legado como um dos maiores da categoria peso-mosca (56,7kg), o carioca Alexandre Pantoja, de 35 anos, está em reta final de preparação para tentar a quinta defesa de cinturão bem sucedida ao enfrentar Joshua Van, neste sábado, no UFC 323, na T-Mobile Arena, que terá em sua luta principal Merab Dvalishvili defendendo o cinturão peso-galo (61,2kg) contra Petr Yan. Todas as 14 lutas do último card numerado do ano terá transmissão ao vivo do UFC Fight Pass a partir das 19h (de Manaus).

Invicto desde 2021 e vindo de oito vitórias seguidas, Pantoja larga como ampla vantagem entre os apostadores, com uma vitória do seu adversário pagando quase três para um. Em entrevista exclusiva ao CRAQUE, caderno de esportes do jornal A Crítica, o campeão de Arraial do Cabo disse que a sua experiência deve ser um diferencial contra o seu adversário, que acabou de completar 24 anos, mas também destacou as vantagens da juventude do lutador de Myanmar.

“Eu sempre tento colocar o meu adversário como um grande atleta que ele é. Busco olhar o outro lado, em como a juventude dele pode ajudar no corte de peso entre outras coisas. Eu acredito que a minha experiência é capaz de fazer a diferença contra qualquer atleta da divisão, pois tenho uma vivência grande, com passagens por várias academias, enfrentando atletas de vários lugares do mundo e isso faz com que eu seja o lutador competitivo que sou hoje”, disse Pantoja.

Conhecido pelo boxe afiado e boa taxa de defesa de queda, Joshua chega para a luta do título com cinco vitórias seguidas e na primeira posição do ranking peso-mosca. Entretanto, Pantoja disse que treinou o seu jogo em pé neste camp, mas acredita que será o seu grappling que fará a diferença para conseguir mais uma defesa bem sucedida de cinturão.

“Eu tenho treinado muito em pé, pois sei que o meu adversário é um grande striker. Porém, a tendência é sempre eu usar o meu grappling, pois é o meu diferencial, isso tem acontecido nas lutas, pois quando vamos para o chão, os meus adversários não tem achado respostas para o meu jiu-jitsu. Então, se eu pudesse apontar uma forma de vencer no dia 6, com certeza seria com o meu jogo de chão. Mas como eu disse, eu tenho treinado, sou completo e estou pronto para tudo”, analisou o campeão peso-mosca.

Melhores do mundo

Nesta sequência de oito vitórias que acabou culminando na conquista do título peso-mosca e as defesas de cinturão, Pantoja venceu lutadores de quase todos os continentes do mundo.

“Eu estou neste esporte para lutar contra os melhores do mundo. Meus últimos cinco adversários foram de lugares diferentes do mundo. Lutei contra um mexicano (Moreno), lutei contra um americano (Royval), contra um australiano (Ecerg), um japônes (Asakura), um neozelandes (Kai Kara-France) e agora um cara de Myanmar (Joshua Van). Todas as vezes que entro no octógono, sinto que estou vivendo um sonho”, destacou Pantoja, que continuou.

“Eu quero ser o melhor lutador do mundo. Tenho desejo de me tornar o primeiro no ranking peso-por-peso, venho buscando isso, é um grande desejo que quero realizar. Espero fazer uma grande performance no dia 6 de dezembro para que todos eles entendam que eu posso estar no topo, mesmo com essa época de ouro que estamos vivendo, com grandes campeões, dominantes, mas que eu quero estar no topo”, frisou Pantoja.

Duplo-campeonato

Sobre a possibilidade de tentar ser duplo-campeão no UFC, Alexandre Pantoja respondeu.

“De forma alguma. Temos um grande campeão, o Merab vem sendo dominante em sua categoria, na minha opinião ele é o melhor peso-galo da história do UFC. Simplesmente venceu todo mundo e agora está tendo que refazer os seus desafiantes. Mas, falando sobre subir, eu sei o quanto é complicado para mim que sou mais leve, o tamanho é diferente, eu já tenho uma idade um pouco mais avançada. Por isso que não é algo que eu penso agora, mas quem sabe. Neste momento, estou focado no peso-mosca e em ser o melhor lutador de todas as categorias”, concluiu.

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