Na televisão, no rádio, nas ruas, nos nossos celulares, em tudo que é canto. Algumas vezes, nem percebemos que estamos sendo bombardeados por ideias criativas que querem atrair a nossa atenção e nos vender um produto
(Foto: Divulgação)
Na guerra das propagandas, nós somos alvos fáceis. Constantemente atacados por todos os lados e de diferentes maneiras. Na televisão, no rádio, nas ruas, nos nossos celulares, em tudo que é canto. Algumas vezes, nem percebemos que estamos sendo bombardeados por ideias criativas que querem atrair a nossa atenção e nos vender um produto.
Esse tipo de estratégia é chamado de marketing de guerrilha. E é um dos que mais gera interesse para as empresas, por conseguir grandes resultados com pequenos investimentos. Esse é o objetivo principal dele: criar campanhas e ações publicitárias, das mais criativas e inovadoras, gastando o mínimo possível.
O termo foi criado pelo publicitário Jay Conrad Levinson, nos anos 70, e inspirado pelas táticas alternativas de guerrilha utilizadas pelo Vietnã contra o poderoso exército dos Estados Unidos. Mesmo com um poder de fogo bem menor, os vietnamitas conseguiram causar um impacto enorme e desestruturar todas as ofensivas americanas.
Antes, essas táticas eram muito usadas para criar acões de marketing reais nas ruas. Mas, hoje em dia, a tendência está mudando e trazendo à tona muitas dúvidas sobre o que é real e o que é fake.
Muitas marcas estão criando FOOH, os Fake Out Of Homes, ações realistas como se fossem publicidade exterior, criadas por uma tecnologia avançada de manipulação de imagens, tipo as que são vistas nos cinemas. São anúncios digitais que usam o marketing de guerrilha como principal estratégia.
Esses anúncios imersivos, que podem ser facilmente confundidos com experiências genuínas no mundo real, são feitos para captar a atenção e criar polêmica nas redes sociais. Como a última que eu vi, criada pela agência mexicana Montalvo para a marca de protetores solares Avène, em que os produtos seguem os consumidores pela cidade, voando como uma sombra constante que os protege dos raios do sol. Uma ação muito legal, mas que nunca foi vista no mundo real.
Apesar das controvérsias, essa estratégia segue ganhando muita força no mercado e evoluindo com as tecnologias de CGI (Computer Graphic Image) e Realidade Virtual, para oferecer experiências cada vez mais imersivas.
Assim, dentro dessa guerra eterna pela atenção dos consumidores, vemos que cada vez mais as marcas inovam no mundo digital, utilizando as antigas estratégias de marketing de guerrilha, mesmo com outra roupagem. Dessa maneira, acabam ganhando mais território, passando por cima das linhas inimigas e dominando o mundo das propagandas criativas.