Por Livânia Guimarães, mãe do Sargento Lucas Guimarães, assassinado a tiros em Manaus, no dia 1º de novembro de 2021
(Foto: Reprodução)
Sou Livânia Guimarães, a mãe do Sargento Lucas Guimarães. Desde o dia 01/09/2021, vivo junto a minha família um suplício por causa da morte do meu filho. Aqui venho partilhar nossas angústias e esperanças acerca desse sofrimento.
Tenho o compromisso com meus netos de lutar para que haja justiça pela morte brutal e injusta do pai deles. Ele foi vítima de um casal que não temos dúvidas de serem os culpados, ratificadamente principais suspeitos para a Polícia. Estes são cônjuges que todos desta cidade conhecem, que não souberam resolver os problemas maritais e que acharam como solução matar meu filho. Mas, ironicamente, o real problema deles continua vivo: a traição. Matar alguém não resolve problema algum, cria-se outro. Agora eles terão que enfrentar de fato seus reais problemas além dos que criaram.
No estado do Amazonas há uma Força de Segurança que trabalha integrada. Conheci-a e acompanho-a desde o assassinato encomendado do meu filho, o Sargento do Exército Lucas Guimarães. Essa força agregada é intermediada pela vasta experiência do Secretário General Mansur, militar do Exército Brasileiro, e integra a Secretaria da Inteligência, representada e dirigida pelo Coronel Gonçalves, também do Exército Brasileiro, ambos auxiliados pelas Polícias Militar e Civil.
Meu filho também integrava as Forças de Segurança que atuam no Amazonas. Estou convicta de que tendo militares do Exército Brasileiro, à frente da Secretaria de Segurança Pública do Estado, não deixarão que crimes dessa mesma natureza, contra um militar, fiquem impunes. Neste momento, meu filho representa todos os militares do Exército Brasileiro e a Força de Segurança desse estado, representada pelos policiais. Essa força foi afrontada! Quem defende a pátria e a sociedade tem direito de ser defendido e protegido também. Mata-se um militar e fica por isso mesmo? NÃO! Não... e não!
Sei que tal força, representada pelo Secretário da Segurança Pública do Amazonas General Mansur, não se deixará intimidar por civis que, através do dinheiro, tentam manipular as leis de segurança e processos de inquéritos a exemplo do assassinato do meu filho, Sargento Lucas.
Eis o compromisso assumido pelo General ao Governo, quando disse sim a esta missão “Prometo ao Senhor trabalhar 24 horas por dia e os sete dias da semana com total lealdade, dedicação e comprometimento. E buscar cada vez mais pela excelência” (General Mansur).
Tenho certeza de que, dentro dessa carga horária mencionada, há alguns minutos de atenção ao caso do Sargento Lucas, pois toda Força de Segurança considera os seus componentes como uma família. É isso que os pais escutam, quando os filhos ingressam em alguma Força de Segurança. Foi o que ouvi “SOMOS UMA FAMÍLIA, respaldado pelo lema “BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA”.
Ainda, quero elucidar que a Delegada Geral da Polícia Civil Emília Ferraz Carvalho e o Delegado Titular da DHS Ricardo Cunha, no dia 24/11/2021, fizeram uma coletiva na qual a mesma afirmou que estava dando uma notícia de um caso triste, porém tratava-se de justiça para a sociedade e que o caso seria esmiuçado pelos respectivos delegados. Ela afirma “A delegacia de homicídios faz um trabalho heroico de apuração e sempre dá um retorno à sociedade. Hoje a Polícia Civil tirou de circulação uma pessoa que praticava homicídios de forma contumaz. Com certeza, isso irá repercutir na segurança de quem está em casa”.
Portanto há duas afirmações claras, uma sobre o perfil criminoso de Silas Ferreira como homicida e com crimes que não são somente roubos; outro, referente ao compromisso de a Polícia Civil dar retorno à sociedade. Eis o que todos esperamos.
Já o Delegado Ricardo Cunha, afirma “A prisão é decorrente de investigações do caso conhecido como Vitória, e esse indivíduo já confessou que é o executor deste delito na delegacia de homicídios. As investigações estão todas muito bem delineadas. As investigações não vão parar e estão em andamento para fazer a ligação com possíveis mandantes do crime, uma vez que ele já declarou que foi pago e recebeu todo material para cometer o crime. Já se tem muito material levantado. Não há nenhuma dúvida que ele é o assassino. As investigações estavam bem consistentes. Existem uma confissão e uma perícia. Não existem dúvidas. A dúvida está na cabeça das pessoas que não conhecem os detalhes da investigação.”
Eu não posso duvidar dessas palavras, a Polícia Civil faz um trabalho sério e tenho constatado. Agora é continuar acompanhando, pois a função da Polícia Judiciária é de apuração das infrações penais que estão sendo cumpridas. O nosso papel como família e de toda sociedade é acompanhar.
Na Missa de Sétimo Dia de Lucas, eu refleti e compartilhei, no final, com os presentes, que a morte do meu filho Sargento Guimaraes não seria em vão. Ele plantou muita coisa boa em vida e, com sua morte, também não seria diferente!
Com as mudanças que estão sendo feitas na SSP do Estado, afirmado pela Delegada Geral, acredito que vão trazer mais celeridade para esse caso como também para outros que se encontram em investigação.
Aproveito para instigar os estudantes e os professores de Direito a acompanharem e a terem como objeto de estudo e conhecimento o caso da morte do Sargento Lucas Guimarães, cujas peças são relevantes para a aplicabilidade do Direito Criminal, assim como aproveitarem para construir um pensamento crítico, acerca da política de segurança que está sendo implantada no estado, contribuírem como profissionais capazes de interpretar, aprimorar e aplicar as leis vigentes do país, em defesa dos interesses de indivíduos.
Outra oportunidade de análise e estudo é para os profissionais da diversa Área de Ciências Humanas que poderão questionar os fatores que levam um jovem de 26 anos a entrar no mundo do crime e submeter-se a mandantes de alto poder aquisitivo para assassinar e ainda fazer uso do dinheiro com orgias. Silas não disse que usou seu dinheiro para ajudar à mãe. Eis uma questão! Outra análise é comportamental pelo perfil psicológico apresentado pelo assassino, o intermediador, e o casal acusado que está sendo investigado. Um quarteto psicótico e perverso, que em nenhum momento entrou em contato com a realidade, para pensar, ao menos, nas possíveis consequências às famílias envolvidas, principalmente o casal que possui 3 filhos e que para o bem próprio usou o elo familiar da paternidade para sensibilizar e argumentar na solicitação do habeas corpus.
O fato é que, em nosso país, temos que descontruir a ideia de que “quem tem dinheiro compra as leis, manipula e sai impune”. Nessa desconstrução de pensamento, o estado do Amazonas sai na frente, pois tem demonstrado que a justiça e a apuração das investigações existem para todos que cometem penalidades. Os profissionais sérios que estão à frente da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas e da Justiça do estado não deixarão crimes dessa natureza sem resposta. O casal suspeito se equivocou, quando pensou que compraria o caráter e a reta ética que norteia o trabalho de profissionais sérios e competentes, como os que eu estou conhecendo no estado do Amazonas, tanto na SSP como na justiça.
É importante entender que pessoas de alto poder aquisitivo, assim como as que não o têm - que são a maioria - possuem o mesmo direito à justiça feita por homens e mulheres que sabem qual papel a exercer perante a lei.
Quero aproveitar para agradecer às pessoas que se sensibilizaram com nosso sofrimento e estão sendo empáticas conosco, colaborando e manifestando o pedido por justiça. Somente somando forças pelo que é justo e verdadeiro conseguiremos transformar nossas vidas para melhor.
“O fruto da justiça será a paz.” Isaías 32,17.