Foram verificados meus dados pessoais e me deram luz verde para continuar em frente. Eu me senti aliviada.
Naquela terça-feira, a fila de carros no ponto de vacinação da Universidade Paulista chegava até a porta do estacionamento, mas avançava rápido. Era meio-dia nublado, porém eu estava energizada e me sentia como entrando numa grande festa.
Nos carros vizinhos dava para perceber as pessoas sorridentes e falando entre si. Pela primeira vez na vida eu estava contente de ser hipertensa rsrs. Afinal, tomaria a vacina contra a covid-19 logo, muito antes que outras pessoas da minha idade.
Quando chegou minha vez de mostrar a documentação e o laudo médico, fui atendida com amabilidade pelos profissionais da saúde. Foram verificados meus dados pessoais e me deram luz verde para continuar em frente. Eu me senti aliviada.
A fila continuava avançando e meu coração batia mais rápido. Já no ponto de vacinação a enfermeira me fez várias preguntas: Você está bem de saúde? Recentemente teve algum sintoma do coronavírus?
Eu fiz questão de olhar para a enfermeira com muita atenção. Observei a ampola da vacina e identifiquei que havia líquido. Seguidamente, acompanhei o momento da aspiração do líquido no frasco da vacina. Depois de ouvir tantos boatos sobre aplicações fraudulentas toda precaução é pouca, pensei.
O momento
A enfermeira se aproximou da porta do carro e pediu para eu abrir a porta. Eu respirei fundo e agradeci a Deus quando a agulha da seringa penetrou no meu braço direito e me foi injetada a vacina CoronaVac.
Nesse momento até fiquei com vontade de chorar pela quantidade de pessoas que morreram pelo coronavírus. Eu estava sendo abençoada com a vacina.
A profissional da saúde destacou que não podia consumir bebidas alcoólicas, que devia continuar com as medidas de proteção usando máscara, álcool em gel e evitando as aglomerações. “Não está imunizada até receber a segunda dose, se cuide”, disse.
As dúvidas
No mês de maio foi questionada a taxa de eficácia da vacina CoronaVac e até chegaram a falar de uma terceira dose para os idosos. Estudos realizados por pesquisadores brasileiros apontaram efetividade média somente de 42% contra a Covi-19 e eu fiquei preocupada.
Outros estudos mostraram que a vacina da Sinovac teve 67% de efetividade na prevenção de casos sintomáticos de coronavírus e 80% para evitar mortes. Mais recentemente a União Europeia aprovou o uso emergencial desta vacina o que me passou tranquilidade.
Enfim, já tomei as duas doses, embora não esteja totalmente imunizada contra a Covid-19 e suas variantes, a vacina, no momento é a única maneira de passar esperança, otimismo e sobreviver na luta contra o coronavírus.