“A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.” A. Einstein
Apesar de o nosso País, não participar de nenhum embate beligerante oficial há mais de cinco décadas, o número de assassinatos, sequestros e assaltos que ocorrem no dia a dia nas grandes cidades, o colocam no topo da pirâmide da violência urbana, ao lado de países que tradicionalmente, vivem em estado de guerra.
As consequências dessa triste realidade se refletem na insegurança experimentada por todos nós e pelo grau de pavor que nos assusta e amedronta, fazendo com que fiquemos presos em nossas casas como se nós fôssemos os prisioneiros por termos cometido algum tipo de crime e estarmos pagando por isso, como se fora um pecado original alardeado por algumas religiões. Ao contrário, diante dessa calamitosa onda de violência que se alastra até julgamos a duvidar de algum ser que nos proteja do além.
Independente e qualquer credo ou segmento religioso, doutrinário, filosófico, etc., o fundamental para todos nós é que nos conscientizemos que isto não pode continuar, precisamos meter a mão na massa e agir para sairmos deste imbróglio ou armadilha, como queiram. Para isto, é necessário união de todos: governos, instituições e órgãos estatais, associações de bairros, igrejas, comércio, indústrias, escolas, enfim, a popula&cce dil;ão toda, com o objetivo de trabalharmos de forma engajada pela paz. Este movimento tem que ser apartidário, não religioso, não doutrinário de qualquer sistema filosófico, etc. Pois não pertencerá a ninguém e sim a todos nós que precisamos ter paz. Não há uma linha mestra de comportamento, haja vista ser algo embrionário, mas deverá funcionar nos moldes do “Viva Rio “ do Rio de Janeiro, que tem funcionado muito bem naquele estado. Sei que é pretensioso, mas o que seria da humanidade se não tivéssemos ousadia no que fazemos. Estou apenas lançando a ideia, mas espero ser lido por alguém que também se interesse.
Meus parcos leitores, me ajudem a propagar esta premente necessidade social, pois é inadmissível continuarmos a ter 55.000 mortes por assassinato em nosso país e carnificinas como a ocorrida em nossa capital neste início de ano, em que, oficialmente, 60 pessoas foram mortas por disputa entre facções criminosas do tráfico de drogas, ou fazemos algo agora ou estaremos nos omitindo e esperando mais 50 e poucas mil mortes violentas este ano e mais massacres como o ocorrido recentemente.
Não acredito que vamos ficar silentes e dormindo neste barril de pólvora que se transformou nossa capital, onde um forasteiro, técnico da seleção de futebol inglesa, afirmou: “Manaus é a porta do inferno, dominada pelo tráfico de drogas”, isto não pode ser verdade e o será se não fizermos nada. Sei que existe uma diferença entre apertar mais o cerco aos traficantes ou liberar o consumo de drogas e descriminalizar algumas práticas nesta área, mas isto tem que ser discutido por todos, por enquanto o que é patente, é a indiferença com que o tema é tratado, restando o: “não é comigo, não tenho nada a ver com isso”. Não, não é isto, você poderá ser a próxima vítima, se mexa para isto não acontecer.
Amazônidas, vamos à luta, não esperemos mais nada.
Até o próximo.
Otávio Gomes.